Bee Sustentável – “Aqui se faz, aqui se paga”
As abelhas polinizam 71 das 100 colheitas que alimentam. Fundamentais para os alimentos, nos últimos 50 anos, o número total de colônias de abelha diminuiu aproximadamente 45%, levantando um alerta mundial. Este impacto nocivo nas abelhas nos possibilita ter uma ideia de grandeza dos resíduos químicos que a humanidade também está respirando, uma vez que os insetos são fortes indicadores do desequilíbrio que está acontecendo na natureza.
O declínio da população de abelhas foi notado nos EUA em 2006, e denominado Colony Collapse Disorder (Desordem de Colapso da Colônia). Desde então, atingiu toda a América, regiões da Europa, o Oriente Médio e a Ásia. O fenômeno, claro, tem forte impacto na produção agrícola e na segurança alimentar, pois leva ao aumento do custo dos alimentos e ameaça a viabilidade de diversas culturas. As causas para tal desaparecimento são diversas e quase todas provocadas pelo agronegócio predador: inseticidas e fungicidas em larga escala acabam com a flora natural o que gera déficit nutricional, baixa reprodução e variabilidade genética, vírus, fungos, bactérias e ácaros. Nesse contexto, até a emissão eletromagnética de celulares já foi investigada também.
As mesmas multinacionais geradoras do desastre estão atualmente se mobilizando em torno desse tema, tentando reverter uma realidade que está prestes a se tornar catastrófica. Em 2011, quando lançou o Programa “Bee Care”, a Bayer Ind. Quimica tinha como principal objetivo encontrar maneiras de manter as abelhas saudáveis, protegendo o ambiente em que essas polinizadoras vivem.
Dentre as ações que a empresa está desenvolvendo, destacamos:
- promover e desenvolver soluções para combater pestes que são prejudiciais às abelhas.
- prover soluções inovadoras (produtos, tecnologias e serviços), que assegurem aos nossos parceiros ativos agrícolas que não sejam nocivos às abelhas.
- ajudar a descobrir novos e melhores suplementos para abelhas que vivem em ambientes nutricionais deficientes.
- dividir experiências e conhecimentos com parceiros, comunidades agrícolas e científicas, instituições governamentais e órgãos reguladores.
Esta iniciativa da Bayer é louvável e digna de respeito, sem dúvida, porque a tarefa tem enorme escala e será de longo prazo, obrigando a indústria a rever sua produção de produtos químicos para o campo.
Neste sentido, o ditado popular “aqui se faz, aqui se paga“ dá a devida medida dos resultados que a natureza apresenta de volta em contrapartida às ações descuidadas do homem nas últimas décadas. Mas para sorte do planeta e das futuras gerações, o engajamento da sociedade atual não admite mais o progresso industrial com custos ambientais.